quarta-feira, 3 de julho de 2013

Fim de exigência de filiação partidária para candidaturas.

O sistema representativo de nossa democracia precisa ser modernizado. Os cidadãos não mais acreditam na política e nos políticos. Algumas discussões estão em alta após as Jornadas de Junho, como por exemplo o fim da necessidade de filiação partidária para se poder concorrer a um cargo eletivo. Qual o efeito prático das candidaturas avulsas, se for aprovada na Reforma Política? Certamente haveria uma onda de desfiliações e os partidos políticos fisológicos teriam de oferecer ao eleitor uma agenda programática mais concreta, talvez acontecesse até uma depuração interna. No Brasil, os partidos são comandados por caciques que barganham posições aos seus filiados, a fim de garantir a governabilidade. Com o fim dessa exigência, deixaria de existir o 'toma lá, dá cá' que é tão característico na relação entre PMDB e PT, por exemplo. 

Aracati precisa de um choque de capitalismo.


A informalidade é o sintoma mais claro de quando uma cidade ou país não está bem economicamente. Cada indivíduo tenta se virar como pode, para ganhar o seu pão de cada dia. Nas ruas do centro, é difícil andar sem esbarrar em algum vendedor que se disputam metro a metro das calçadas para colocar a sua banquinha. Pior de tudo é saber que estas pessoas estão desassistidas da possibilidade de um dia se aposentarem, a não ser que se registrem como autônomos e façam contribuições mensais à previdência. 


Outro dia comentei que há uns dez anos atrás, muitos jovens ao terminarem o ensino médio, diziam que o futuro em Aracati era trabalhar em uma certa fábrica de sapatos da cidade. Hoje, nem isso. Não é à toa que em cada esquina e rua, há a proliferação de pequenos barezinhos e churrasquinhos.

Agora o que mais me espanta são os discursos pró-atraso de gente pedante nessa cidade. Dizem "Aracati não tem espaço para a instalação de indústrias". Isso é um engôdo. Temos um imenso descampado  posteriormente ao hospital e que dava perfeitamente para uma grande fábrica lá se instalar. Só levar infra-estrutura necessária. 

Aracati, pequenos questionamentos.

Passaram-se seis meses da nova gestão. O então candidato, sr. Ivan Silvério, usou como seu estandarte propagandista a palavra MUDANÇA. Passado o processo eleitoral e iniciado novo governo, a impressão de muitos aracatienses (inclusive a minha), é que a mudança ainda não aconteceu. Uma conclusão se pode extrair: ou o governo municipal está colocando as finanças municipais em dia, buscando compor caixa para a realização de investimentos públicos futuros na combalida infra-estrutura aracatiense, ou está como um barco à deriva. Particularmente, prefiro crer na primeira proposição. De qualquer forma, falta à atual administração expor com clareza o que é possível ser feito para este ano, pois as ruas cobram e a pior coisa que há é quando se perde a confiança nos políticos e nas instituições democráticas que representam. Quais as prioridades da gestão para o segundo semestre de 2013? Que verbas concretas serão destinadas ao município e quais destinações terão? Quando as ruas serão asfaltadas e calçadas, padronizadas? E o relógio da Pça. Pe. Champagnat, quando deixará de ser um monumento à decadência da cidade?