sábado, 29 de junho de 2013

Dilma e as eleições de 2014.

A popularidade dos políticos brasileiros anda crescendo para baixo que nem rabo de cavalo. Dilma Rousseff sentiu os efeitos diretos da Primavera de Junho, que levou milhões às ruas para protestar contra a corrupção e por melhores serviços públicos. O PT não esperava por isso e certamente deverá adotar duas posturas a partir de agora: marketing incisivo para convencer o eleitor de que Dilma é o que não é ou irá procurar um novo nome para a disputa presidencial de 2014. Mas quem? Há correntes que desejam o retorno do ex-presidente Lula, justamente O CARA que trouxe a Copa para cá com tantas outras emergências a receberem investimentos e que viaja em aviões de empreiteiros para fazer firula com ditadores africanos. Vamos aguardar pra ver o que acontecerá.

Da pobreza à riqueza.

Eles vieram de origem humilde e formaram grandes impérios industriais e financeiros entre os séculos XIX e XX. Acreditaram em suas idéias e moveram todas as suas energias vitais para concretizá-las. Despertaram inveja nos concorrentes de sua época, levando muitos à falência. Estou falando de Andrew Carneggie, John D. Rockfeller, Barão de Mauá, JP Morgan, Cornelius Vanderbilt, dentre outros.

Suas biografias refletem o ímpeto de suas personalidades. Montaram poderosos trustes e monopólios. Controlavam grandes fatias da economia e empregavam um exército de mão-de-obra. Usaram seu capital econômico para submeter o poder político aos seus desígnios (mas também foram 'vítimas' do mundo político). Escolhi a biografia de três.

Andrew Carneggie.

Fundou a Carneggie Steel Company, adquirindo companhias de menor porte, tornando-se o maior produtor de aço do mundo. Vendeu sua companhia ao banqueiro JP Morgan por 480 milhões de dólares, tornando-se um dos mais ricos do mundo. Considerando sua fortuna em termos atuais, os historiadores o situam como o segundo homem mais rico do mundo de todos os tempos. O mesmo doou quase toda a sua fortuna para a construção de bibliotecas e obras filantrópicas.

John Davison Rockfeller

Magnata do petróleo, comprou dezenas de empresas prospectoras menores e fundou a Standard Oil, maior empresa petrolífera em sua época. É considerado o homem mais rico de todos os tempos, com fortuna avaliada em 664 bilhões de dólares. Devido às leis anti-truste, sua empresa foi desmembrada em dezenas de companhias, tendo em cada uma delas participação acionária.

Barão de Mauá.

Nos tempos do Império, nascia um homem de mente arrojada, que sonhava com um país industrializado e não dependente da agricultura. Estou falando de Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, pioneiro da industrialização do país e que se não tivesse falido, certamente seria um dos homens mais ricos do mundo. De comerciante, passou para o ramo industrial. Construiu grandiosos empreendimento como a iluminação a gás no Rio, a primeira fundição de ferro e estaleiro do Brasil (o da Ponta da Areia, em Niterói), a primeira ferrovia, o Banco do Brasil, etc.

Os dois primeiros são qualificados como barões ladrões, dá para se imaginar o por que...já o terceiro, me fascina pois valorizava o trabalho como forma de ascensão social, além de ser uma premissa moral inabdicável. Defendia Mauá um capitalismo liberal conciliado com uma ética protestante. Infelizmente o Império comprometeu sua posição, além de ter sido alvo de sabotagens que lhe custou sua imensa fortuna.

domingo, 23 de junho de 2013

Petismo e a reinvenção da República Velha.

Se olharmos o perfil da base de apoio do governo do PT desde o primeiro mandato do apedeuta-mór do Brasil, percebemos que esta agremiação partidária conta com o apoio das forças mais retrógradas que há neste país, como Sarneys, Collors e Renans, que mantém em seus estados verdadeiros currais eleitorais. Curiosamente, as mesmas forças políticas que outrora, nos tempos das lutas sindicais, tanto se atacava. Estes e outros de mesmo naipe tentam incessantemente associar suas imagens podres a do ex-presidente, igualmente podre, para não perderem prestígio dos filhos do pai dos pobres.

Se uma contradição pudesse ser personificada, esta seria o Partido dos Trabalhadores, que não mais defende o direito dos trabalhadores. Suportou à pressões populares até onde pôde para voltar atrás quanto ao aumento de 20 centavos na tarifa de ônibus em São Paulo, prefeitura que governa. Paralelo a isso, as obras da copa têm feito a alegria de banqueiros e empreiteiros. Bilhões de reais são gastos em faraônicos estádios enquanto hospitais carecem de UTI's e escolas públicas, estão caindo aos pedaços.  O povo foi às ruas em um desejo de libertação das amarras que prendem o desenvolvimento sócio-econômico nacional. A eficiência administrativa. Contra a impunidade dos poderosos.

Sobre as manifestações públicas, um fato pode-se notar: a crise do sistema partidário nacional. O movimento é dos apartidários. Tanto é verdade que quem tentou levantar bandeiras de partidos políticos, foi rechaçado. 

Sobre concurso público de Aracati.


Estes dias, conversei com uma pessoa sobre assuntos do Aracati, dentre os quais sobre a importância da realização de concurso público. A pessoa em questão é contra, uma vez que pessoas 'de fora' poderiam roubar as vagas das 'pessoas de dentro'. Argumentei que na vida, os melhores sobrevivem e que devemos cada um buscarmos o aprimoramento e que a pior coisa para um sistema democrático é o clientelismo segregacionista, onde só quem tem oportunidades são os que levantaram bandeiras para candidatos à vereadores e prefeitos. Sei que a igualdade de condições incomoda a muitos, mas desta obrigação, o prefeito de Aracati não pode e nem deve se furtar. Espero eu que seja verdade que em breve esta reivindicação se realizará, como a referida pessoa me confidenciou. A meu ver, será o grande marco da administração do sr. Ivan Silvério.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Sobre as Jornadas de Junho.

A Marselhesa, que é o hino nacional francês, tem uma letra carregada de grande simbologia. Foi composta por Rouget de Lisle em 1792, na Primeira República ou República Jacobina. Traz versos impactantes e que despertam em cada um de nós o dever patriótico de lutar contra as tiranias e os tiranos.

Naqueles tempos, os reis eram considerados figuras sagradas. Acreditava-se até que Deus determinava quem estava destinado a mandar e quem deveria obedecer! Os revolucionários do terceiro estamento, que compunha as camadas mais pobres saíram as ruas e gritaram contra o absolutismo do rei e, ao final, ele, sua esposa e seus apoiadores terminaram na guilhotina durante o Terror Robespierriano. Obviamente não queremos que ninguém perda a sua vida nestas mudanças que se ensaiam na vida nacional. Apenas que os corruptos caiam no ostracismo e que respondam por cada centavo desviado.

Avante, filhos da Pátria,
O dia da Glória chegou.
Contra nós, da tirania
O estandarte ensanguentado se ergueu.
O estandarte ensanguentado se ergueu.
Ouvis nos campos
Rugirem esses ferozes soldados?
Vêm eles até aos nossos braços
Degolar nossos filhos, nossas mulheres.
Às armas cidadãos!
Formai vossos batalhões!
Marchemos, marchemos!
Que um sangue impuro
Ague o nosso arado
O que quer essa horda de escravos
de traidores, de reis conjurados?
Para quem (são) esses ignóbeis entraves
Esses grilhões há muito tempo preparados?
Esses grilhões há muito tempo preparados?
Franceses! A vós, ah! que ultraje!
Que comoção deve suscitar!
É a nós que consideram
retornar à antiga escravidão!
O quê! Tais multidões estrangeiras
Fariam a lei em nossos lares!
O quê! Essas falanges mercenárias
Arrasariam os nossos nobres guerreiros
Arrasariam os nossos nobres guerreiros
Grande Deus! Por mãos acorrentadas
Nossas frontes sob o jugo se curvariam
E déspotas vis tornar-se-iam
Os mestres dos nossos destinos!
Tremei, tiranos! e vós pérfidos,
O opróbrio de todos os partidos,
Tremei! vossos projetos parricidas
Vão enfim receber seu preço!
Vão enfim receber seu preço!
Somos todos soldados para vos combater.
Se tombam os nossos jovens heróis
A terra de novo os produz
Contra vós, todos prontos a vos vencer!
Franceses, guerreiros magnânimos,
Levai ou retende os vossos tiros!
Poupai essas tristes vítimas
A contragosto armando-se contra nós.
A contragosto armando-se contra nós.
Mas esses déspotas sanguinários
Mas os cúmplices de Bouillé,
Todos os tigres que, sem piedade,
Rasgam o seio de suas mães!
Amor Sagrado pela Pátria
Conduz, sustém-nos os braços vingativos.
Liberdade, liberdade querida,
Combate com os teus defensores!
Combate com os teus defensores!
Sob as nossas bandeiras, que a vitória
Chegue logo às tuas vozes viris!
Que teus inimigos agonizantes
Vejam teu triunfo, e nós a nossa glória.
(Verso das crianças)
Entraremos na carreira (militar),
Quando nossos anciãos não mais lá estiverem.
Lá encontraremos suas cinzas
E o resquício das suas virtudes
E o resquício das suas virtudes
Bem menos desejosos de lhes sobreviver
Que de partilhar seus caixões,
Teremos o sublime orgulho
De os vingar ou de os seguir.
Às armas, cidadãos,
Formai vossos batalhões,
Marchemos, marchemos!
Que um sangue impuro
Ague o nosso arado!

É salutar, em países onde a democracia impera, o livre direito de manifestação de indignação dos povos contra os desmandos, incompetências e más intenções de seus mandatários. A prática da corrupção é uma das marcas características do Brasil. Ela contamina todos os setores da sociedade, dos mais pobres aos mais abastados. E contra ela, milhões em todo o Brasil vão às ruas defender seus pontos de vista. Pacificamente ou não.

Infelizmente, vândalos tentam (sem êxito) corromper a preciosidade da Primavera das ruas. Não conseguirão. É é errôneo considerar que essa agitação toda seja contra o PT ou PSDB. É contra o modelo político e institucional que temos. Este se exauriu. Urge a nação por uma reforma política e judiciária. Particularmente, defendo o fim da reeleição para os poderes legislativo e executivo. O artigo quinto da constituição é violado ao haver foro privilegiado. Isso precisa acabar. Cabe aos três poderes da república refletirem sobre as pautas alencadas pelas vozes das ruas. E principalmente: não podemos deixar esse momento histórico cair no esquecimento.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Brasil se desperta e levanta-se do "berço esplêndido".

Foto: Isso aí

A depredação de prédios históricos no centro do Rio de Janeiro me faz pensar sobre uma verdade: um ato de violência simbólica contra outro ato de violência cometido por nossos antepassados contra os mais pobres. Refiro-me à Reforma Pereira Passos, que visava dar modernidade à então capital do país através da política do "bota-abaixo" para a construção de prédios modernos para a época, de estilo francês para agradar os turistas que nos visitavam, em que milhares de pessoas foram expulsos da região e, não tendo estes para onde ir, passaram a ocupar os morros da região, surgindo o processo de favelização que é marca inexequível da Cidade Maravilhosa.

Sou contra o vandalismo, mas a história do Brasil é escrita à sangue e lágrimas. É preciso que todos, governantes e sociedade, tenhamos novas práticas. Que não sejamos patriotas unicamente em época de copa. Que sejamos à cada dia cidadãos de fato, exigindo do Estado serviços públicos de qualidade e principalmente não elegendo (ou reelegendo) políticos descompromissados com uma agenda de desenvolvimento sócio-econômico da nação.

terça-feira, 18 de junho de 2013

O Brasil começa a despertar.

Com o surgimento de uma nova classe média, algumas coisas começam a ser repensadas em nosso país. A começar, sobre o papel que temos enquanto cidadãos, para a construção de uma sociedade socialmente justa, fraterna e próspera. Ao que se deve brigar, nas ruas, em atos de protesto? Uma das primeiras coisas que defendo é o fim da reeleição para o executivo e legislativo em um mandato único de 5 anos. Política deixaria de ser uma 'boquinha' e haveria maior renovação das representações. Fim do Foro Privilegiado e do Voto Obrigatório. Legislação punitiva exemplar contra crimes de todas as naturezas, além de celeridade do trâmite de processos judiciais. Reforma tributária. Escola pública de qualidade, bem como um eficiente sistema de saúde. Gestão racional dos recursos públicos, priorizando a relação Custo-Benefício, além de reforço das estruturas de fiscalização e controle de gastos públicos.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Sobre os atos de vandalismo em protestos.

O crime de depredação ao patrimônio público é punível de acordo com a legislação e disso sabemos. É óbvio que dentro de uma agenda de protestos, não deve ser tolerado como prática. Porém vândalos maiores são aqueles que saqueiam os cofres públicos em detrimento de uma sociedade que anseia por bons serviços públicos e que sacrifica 150 dias de seus rendimentos pagando tributos. Quantos diariamente morrem por falta de médicos e medicamentos , além de terem de aguardar por atendimento em filas intermináveis?

As recentes manifestações em várias regiões do país são um recado claro às autoridades de que a corrupção não pode mais ser tolerada nesta nação. Está na hora de passar este país à limpo. É preciso acabar com os privilégios, a começar com o Foro Privilegiado, que tanto tem beneficiado criminosos do colarinho branco que ingressam na vida pública para fugir de possíveis punições.

A Copa do Mundo no Brasil fez a alegria de muita gente, principalmente de empreiteiros. Bilhões de reais foram gastos na construção de estádios. Será que não existiam outras prioridades mais urgentes que satisfazer o ego do apedeuta-mór do Brasil, o Lula, em seu nacionalismo chinfrin de boteco?

Os sansculottes estão nas ruas. Brigam por redução de passagem, por justiça e pão. Agora, façam a Revolução e salvem o Brasil desta nobreza parasitária que representa a classe política nacional.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Protestos em SP: Quanto mais, melhor.

É salutar, em qualquer democracia, o direito de protesto, quando exercido de forma pacífica e organizada. Expressa indignação contra a insensibilidade dos governantes, que enumeram justificativas econômicas para expropriar do povo um quinhão maior de seus rendimentos.

Em São Paulo, manifestantes reclamam do aumento de 20 centavos nas tarifas de transporte público. Em época de inflação em alta e economia estagnada, isso ganha contornos dramáticos. Não é à toa que até a imprensa internacional tem acompanhado o desenrolar dos fatos. Curiosamente, o aumento foi dado pelo prefeito eleito por um partido que se diz dos trabalhadores...

Não sou contra os protestos populares, aliás, quanto mais, melhor. De preferência, contra a corrupção, que afeta mais objetivamente as nossas vidas. Neste caso específico estampado em manchete dos principais veículos de mídia, apenas manifesto meu pensamento contrário ao objeto do protesto. Reclama-se dos efeitos dos problemas, quando deveriam se insurgir contra a origem dos mesmos. Paga-se tão caro pelos serviços de transportes e, no entanto, a sua qualidade é péssima. Superlotação é o que mais se vê, sem contar com a insegurança. Mas ao final de contas, ao que deveríamos protestar? 

O Brasil tem uma carga tributária que reflete o gigantismo da máquina estatal parasitária. Inflação abaixo de 4% é utopia. Poderia neutralizar os impactos inflacionários causados pelo reajuste do salário mínimo e dos combustíveis, que obrigam os empresários a subirem os preços, se realizasse um processo de desendividamento da máquina pública que levasse o Estado a diminuir o peso dos tributos na vida dos brasileiros. 

Paga-se aqui acima de 30% de impostos, na pior relação custo/benefício que se pode imaginar. É unanimidade que a qualidade dos serviços públicos são péssimos. Por que não se protestar a favor da justiça tributária? Ora, acabemos com esta tese tola de que pobre não paga imposto. Aliás, o efeito dos impostos é mais nocivo contra eles do que para os ricos.

Que o germe da indignação seja instigado cada vez mais. Assim, avançará a nação.