quinta-feira, 30 de maio de 2013

A internet e suas desvantagens

Vivemos em um mundo cada vez mais virtual. A modernidade rompeu barreiras. As tecnologias permitem o contato cada vez mais rápido entre as pessoas. O acesso à informação deixou de ser privilégios de poucos. No entanto, a  internet tem sido amplamente usada para espetacularizar a imbecilidade. Basta ver a lista dos mais assistidos no youtube...

No facebook, vemos a manifestação de carência e fofoquismos. Discussão boa, nenhuma. Ah, tem também pessoas tirando foto no espelho pra postar no facebook.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Minha visão capitalista sobre o sistema carcerário brasileiro.

Não se pode negar que o sistema prisional brasileiro é estruturalmente medieval. Porém este não pode ser o argumento a justificar a impunidade, sob a alegação de que tais estabelecimentos são escolas do crime e que não oferecem condições mínimas de respeito à dignidade humana e ressocialização. Há uma nítida omissão do Estado quanto a isso e ele deve ser chamado à responsabilidade, principalmente por órgãos internacionais. Particularmente, defendo a criação de colônias prisionais onde o detento trabalhe para "pagar" o ônus de sua hospedagem, além de somar recursos para indenizar as vítimas ocasionadas e ter um pé de meia para quando cumprir a pena, ser reinserido na sociedade e quem sabe iniciar um pequeno negócio. 

Empresas que optassem por contratar este tipo de mão-de-obra teriam incentivos fiscais e  regime previdenciário diferenciado. Não se trata aqui de privatização da responsabilidade gerencial das cadeias. Se trata em acabar com o ócio. Dar utilidade a uma massa de milhões de enjaulados que passam dias e noites arquitetando ações criminosas e nutrindo dentro de si grande revolta por estarem naquelas condições.

Superstições e outras pequenas inutilidades da vida.

Orgulho-me em não ter superstições ou acreditar em inutilidades como horóscopos e afins para orientar as minhas atitudes e decisões. Respeito quem as tem ou quem acredita que uma conjunção de planetas é capaz de definir o futuro de cada um, mas isso é balela, goste você ou não desta verdade.

Se algo tem chance de dar errado, não adianta ficar se apegando à patuás e trevos de quatro folhas quando porventura as coisas não saem como o esperado. Estas coisas servem apenas para desviar o foco da mente. Pare de ficar achando que o universo está contra você e deseja sabotar os seus passos. Nem sempre atingimos na vida os resultados que esperamos. E as quedas ou as vitórias laureadas são consequências da ação.

Tá na hora de se enxergar a vida de uma forma mais realista!

Brasileiro se incomoda com a proibição das caxirolas.

E dos caxiroleiros do dinheiro público, não? No mais, concordo com a decisão da FIFA. É triste dizer, mas a maioria das pessoas que vão aos estádios de futebol são mal-educados.

Ao ser lançada durante o clássico entre Bahia e Vitória no campeonato baiano deste ano, a caxirola foi usada por torcedores de forma inadequada. Muitos deles a atiraram no gramado durante a partida, o que transformou o instrumento em alvo de polêmica. VEJA AQUI
Dilma toca caxirola ao lado de Carlinhos Brown no Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Seria Lula a reencarnação do faraó Quéops?

A Copa do Mundo no Brasil foi um ato tresloucado e de grande irresponsabilidade do governo brasileiro ancorado pelo megalomaníaco Lula, que certamente se acha a reencarnação do Faraó Quéops. Dificilmente o cronograma das obras será cumprido até a Copa das Confederações ou mesmo para a Mundial de 2014. 

Não sou contra a competição em si. O que sou contra aos seguintes fatos: Primeiro, o anúncio foi feito quatro anos antes. O Brasil não tem e continua a não ter infra-estrutura, pois as intervenções urbanas caminham em passos de tartaruga. Segundo, porque a urgência em realização das obras pode resultar em casos de malversação dos recursos públicos. Terceiro: Esta competição serve de totem ideológico do partido governante (PT) que precisa de elementos para alienar a sociedade mostrando um Brasil Grande que não existe.

Enquanto isso, perguntamo-nos: cadê a Transnordestina? E como anda a Transposição do São Francisco? São investimentos públicos que se encontram EmPACados. Lula pode até se sentir "a última bolacha do pacote", mas pelo menos o faraó da IV Dinastia do Antigo Império Egípcio conseguiu entregar  o que é uma das grandes maravilhas da antiguidade num prazo razoável de tempo levando em consideração a engenharia e disponibilidade de recursos! Portanto, a resposta para a pergunta-título é NÃO.

domingo, 26 de maio de 2013

Modernidade e modernismos. A nascer de um novo mundo.

No-Steve-Carell-on-The-Office-Series-Finale-ReutersOs últimos quarenta ou cinquenta anos de história humana foram marcados pelo afloramento de tensões que levaram à quebra de paradigmas enraizados no tempo. Valores tradicionais dos tempos de nossos avós colapsaram, com o avançar da era da informação. Novas interpretações para os conceitos antigos surgiram. O de família, por exemplo, deixou de ser analisado sobre o ponto de vista reprodutivo, que configuram as relações heterossexuais, para ser revestido por um novo significante: família é quem cuida, dá carinho e amor à criança.

Quanto às mulheres, estas deixaram de serem vistas como escravas do lar, à serviço dos caprichos instintivos de seus maridos, obrigadas a serem boas esposas e boas mães. Não mais os pais escolheriam os futuros de seus filhos. Cada um passa a construir o seu futuro ou dá um significado a sua existência.

Com relação aos homens, passou a compartilhar de preocupações que outrora eram inerentes às mulheres. Novos casais dividem tarefas domésticas e as contas do mês. A figura do provedor se desfez. Poucos são os que ambicionam matrimônio, preferindo as relações estáveis.

O mundo moderno repensou os papéis sociais dos indivíduos, elegendo a individualidade como uma de suas características marcantes e que deve ser exercido em sua plenitude.

Outro dia, lendo o jornal Estrela do Mar, do município de Aracati, disponibilizado no site da Casa da Cultura, encontrei a seguinte informação:

Os homens - Ser firme e constante na fé, [...] fugir da embriaguez - Trabalhar seriamente para a riqueza e engrandecimento da família e da Pátria - Respeitar e amar suas esposas - [...] dar bom exemplo aos filhos, corrigi-los e não deixar que andem em más companhias. 
As mulheres- Amar a concórdia e procurar conservá-la na família – Amar e obedecer aos seus maridos - Ser laboriosas e recatadas [...] - Não murmurar - Cuidar da educação dos filhos, [...] - Rezar em comum com sua família, antes de se recolherem, o Terço de N. Senhora (A Estrela do Mar, de 24 de Janeiro de 1921, pag.1). 
E prossegue:
E o que será dos homens? Trocarão fatalmente de estado e terão que ir acalentar a petizada, consertar as meias, cozinhar o feijão e governar...a casa. A coisa vai marchando ainda para pior.

Há pouco no Piauí, apareceu um homem amamentando e, como este, terão de ser os outros, devendo deixar crescer os cabelos, o que também vai acontecendo, como há pouco verificamos nesta cidade.

E assim ficarão os papéis invertidos.

Desaparecerão barbas e bigodes nos homens, surgindo nas mulheres, conforme a opinião de um sábio estrangeiro. Que tal, colegas de sexo, o futuro que nos aguarda?

Encerro este texto exatamente com a pergunta final do fragmento acima: o que nos aguarda para adiante? 

O problema do brasileiro é achar que Deus é brasileiro e de mais nenhum outro povo.

O governo da presidente Dilma convive com um paradoxo: queda nas taxas de desemprego e ao mesmo tempo baixo crescimento econômico. É fato que comparando a realidade vivenciada no Brasil  com a do cenário europeu, estamos em posição relativamente mais confortável, porém isso não nos exime de fazermos as reformas estruturais que permitam dinamizar o setor público e produtivo do país. 

Temos uma baixa taxa de investimento, de poupança e carga tributária elevada. Boa parte do que se arrecada é para pagar salários, pensões, aposentadorias e assistencialismos de finalidade eleitoreira. O que sobra, não é corretamente aplicado. Parte dos impostos é desviado através de N maneiras.  Em ladroagem, somos campeões em inovação. Temos uma máquina estatal megalomaníaca: 39 ministérios, que consomem 58 de bilhões de reais, tudo para contentar os grupos políticos da base governamental. E a culpa disso não é do imperialismo americano. É única e exclusivamente de nossa desorganização enquanto sociedade e de nossa cultura de parasitismo e aversão ao trabalho.

Esse modelo de sociedade é insustentável. Somando-se a essas problemáticas, há uma crise de produtividade. Nossa economia está perdendo competitividade e acima de tudo o bonde da história.

É uma vergonha o país não ser capaz de formar sua própria mão-de-obra. O governo estuda trazer médicos estrangeiros para clinicar aqui. Nos setores industriais, há carência de engenheiros de vários ramos, arquitetos, químicos, dentre outros profissionais. E o que é mais triste é saber que os brasileiros se preocupam mais com a copa do Mundo e com futebol do que com os problemas nacionais.

Leia o artigo publicado no Financial Times aqui.

sábado, 25 de maio de 2013

Perspectivas dos jovens aracatienses quanto ao futuro de sua cidade.

Quando conclui o Ensino Médio, nos idos de 2004, uma frase era dita por alguns de meus colegas de terceiro ano do Instituto São José: "estudar para que, se o futuro é Agabê?" Passados nove anos, vejo que este futuro virou passado e o adágio popular propõe outro destino: vender churrascos em esquinas ou CD's piratas nas ruas do Centro. Esse cenário de decadência econômica afeta o emocional de  todos e desmotiva o jovem aluno a estudar, já que não enxerga perspectivas à médio prazo para si. E para agravar, em cidades provincianas como a nossa, é mais fácil se conseguir as coisas mediante bajulações de políticos. Aracati guarda fortes ranços coronelistas.

Não é à toa que muitos filhos do Aracati já se exilaram daqui para buscar um melhor sol.

Cabe à atual gestão do Sr. Ivan Silvério esforçar-se (muito mais) para reverter este quadro de descrença dos aracatienses quanto aos tempos vindouros de sua própria cidade. Os problemas sociais que temos vivenciado advém da palavra em destaque neste parágrafo. Aracati precisa atrair empreendimentos de grande porte, para aumentar a renda circulante e absorver a mão-de-obra ociosa. E para os jovens que concluíram o ensino superior e que estão ao deus-dará, que se faça imediatamente o concurso público.


A incoerência dos partidos socialistas e comunistas da atualidade.

Em muitos países do mundo onde impera como regime de governo a democracia, há partidos socialistas e comunistas. E em todos eles há uma abismal distância entre a retórica profetizada em seus catecismos doutrinários e a ação prática, quando ocupam a chefia do Estado. Aos militantes, cabe a defesa do igualitarismo franciscano redentorista de um mundo onde impera o canibalismo social que é a ditadura da burguesia.  Já quanto as cúpulas gerenciadoras destas agremiações, ambicionam todo o privilégio e exclusivismo que o Estado Capitalista pode oferecer. Nem que para se obter estes privilégios, se recorra à usurpação. Na verdade, são amantes da vida burguesa que tanto criticam e que são incapazes de dar a si através do trabalho honesto e do empreendedorismo.

O PT é a personificação do exposto no parágrafo acima. Na recente ida à Missa de Inauguração Pontifical de Francisco, Dilma¹³ e delegação se hospedaram nos melhores hotéis romanos às custas do erário público. Mas para o conjunto social isso não tem qualquer importância, pois absorvem a propaganda governamental de que estamos em uma ilha paradisíaca, de pleno emprego, contrastando-se com um mundo convulsionado por crises econômicas severas que levam a altíssimas taxas de desemprego e o abandono das políticas de proteção social, como é o caso europeu nos dias atuais. Zé Dirceu, dentre outros, traíram os ideais de sua juventude e Marx se encontra muito decepcionado com isso (sic). Nunca os banqueiros ganharam tanto dinheiro quanto no governo trabalhista¹³, que se recusa a fazer reformas estruturais que levem à redução do endividamento público e das taxas de custeio de seus juros, além da desburocratização e eficiência dos serviços públicos. 

A grande verdade é que o PT necessita da pobreza para se perpetuar no poder. Se estes virassem Classe Média, perderiam seu caráter sacralizado.


É muito bom ser comunista ganhando 15.000 reais por mês como professora da USP. Nada contra quem ganha qualquer coisa advinda da remuneração de uma ocupação, mas contra a hipocrisia que este tipo de esquerda impõe ao cenário político.

Lula e o Bolsa-Família.


Repercute nas redes sociais um vídeo em que o ex-presidente Lula critica o Bolsa-Família. Obviamente, a declaração foi dada antes do mesmo se tornar mandatário da nação. E ironicamente, é esse o benefício quem sustenta o seu alto índice de popularidade. A verdade é que ele sabe moldar  e adaptar bem o discurso para cada conveniência. Numa coisa ele acertou: uma parte da sociedade se deixa levar "pelo estômago e não pela cabeça". Parece um tucano falando. (sic)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Sobre o sistema político-partidário brasileiro.

O atual sistema político-partidário brasileiro não representa os interesses do conjunto da sociedade. Configura-se como um instrumento de perpetuação de poder a qual siglas de agremiações políticas e seus caciques se valem da miserabilidade alheia para obter dividendos eleitorais. Nada há de interesse em prosperidade coletiva ou outros substratos de caráter ideológico na atual fase da república brasileira. A lógica imperante é o enriquecimento privado, permeado por uma hipocrisia ética utópica nos discursos.

Citemos como exemplo o processo eleitoral de cidades pequenas. Se dá da seguinte forma: pleiteantes a cargos públicos sondam lideranças comunitárias e estas, por sua vez, regimentam eleitores para determinados candidatos ou candidaturas em seus lugarejos, recebendo destes promessas de futuros empregos ou cifras caso se elejam, deixando na cabeça de cada uma dessas pessoas a idéia de que a máquina pública deve cumprir uma função que deveria caber à iniciativa privada. Quando estas cidades se encontram em baixos índices de desenvolvimento econômico, sendo incapazes de absorver a mão-de-obra ociosa existente, seu povo se submete a estas relações clientelistas para encontrar uma ocupação e assim sanar as necessidades existenciais mais emergenciais. E é nesse momento que o indivíduo vê silenciar a dimensão crítico-revolucionária de sua existência. Tal alienação política é conveniente a quem governa.

Quando se obtém dos eleitos tais vantagens, o eleitor de determinado candidato se nutre de impressionante sentimento de gratidão, o que foi para determinados políticos um pietismo teatral. Os erros cometidos pelos "padrinhos" passam ignorados no pós-eleições, por temor de perder sua ocupação e os efeitos práticos desses erros se sentem quando este "escravo das conveniências alheias" visita um hospital em caso de uma emergência para consigo ou familiares e encontra péssimos serviços, falta de estrutura física, carência de profissionais e medicamentos. 

Pra que emancipar os indivíduos? Pra que despertar a insatisfação social e sua fúria? Nenhum governante quer que seu povo seja inconformado. E tudo faz para querer calá-lo. Augusto, primeiro imperador romano, soube usar com maestria o Panis et Circensis. Os coronéis das oligarquias do início do século XX no Brasil, também. E na atualidade, com o Bolsa-Família.

Quando o indivíduo não se deseja fazer tutelado pelo Estado, atinge a sua maioridade social. É livre para pensar sem temor de repressões ideológicas. 

domingo, 19 de maio de 2013

A politização da Comissão da Verdade.

A Comissão da Verdade foi instituída pelo governo federal para tentar esclarecer diversos casos e fatos que marcaram os 21 anos de história do país em que fomos governados por um Estado ditatorial que desrespeitou, com grande afinco, os direitos humanos.

Um dos personagens emblemáticos desse período foi o Cel. Brilhante Ulstra, que comandou o DOI-CODI entre 1970 e 1974, órgão de repressão política do Regime. Este foi ouvido pelos conselheiros da Comissão há alguns dias. E tudo indica que outros mais serão;

Países que já vivenciaram experiências políticas desta natureza, já efetuaram esforços para entender o passado, para que o mesmo jamais renasça, como é o caso da Alemanha pós-nazismo. 

Elucidar dúvidas é, portanto fundamental e para termos uma noção do que foi o período de 1964 a 85, deve-se adotar uma postura mais isenta. A comissão deveria investigar também qual a natureza do movimento de contestação de ditadura e se recorreram ou não à mesma violência usada por seus algozes. Na escrita da história, não deve haver mocinhos e vilões. Deve preponderar a verdade factual. Doa a quem doer. Mas não é de interesse de muitos "proeminentes" de nossa republiqueta. Nem Cubão, nem Regimão. 

Pergunta indigesta sobre a Copa, mas sei que não terei resposta.

Sempre que ouço falar de copa do mundo no Brasil, faço um questionamento para comigo mesmo: quantos bilionários "produziu" o país de 2010 (quando foi anunciado pela Fifa que sediaríamos a competição internacional) para cá? Certamente muitos e o mais curioso é que vemos poucos brasileiros na lista da FORBES. E mais intrigante é que os brasukas do Top 100 não são políticos. O mais bem classificado é Jorge Paulo Lemann, o 33º, que tem em sua polpuda caixeta, a bagatela de US$ 18 bi. Depois, vem Joseph Safra, na 46ª posição e Eike Batista, na lanterna da centésima posição, com US$10,6 bi.

Mas o brasileiro não se importa se outros ficarão ricos às custas de sua miséria. O que vale mesmo é torcer pelo país, revestido por sentimento de brasilidade que só brota de quatro em quatro anos. É penta!

Drogas e tratamento compulsório.

O livre-arbítrio do indivíduo cessa quando ele não consegue controlar seus atos ou atentar para as dimensões que suas atitudes assumem para si ou para outros. Medidas drásticas são necessárias para reverter o drama social que as drogas causam diariamente no país. Uma destas medidas é o tratamento compulsório de dependentes químicos. Não creio que um viciado esteja em posse de suas faculdades  cognitivas e morais para deliberar por uma internação voluntária. Não é uma visão autoritária,  mas uma visão de humanidade. Há correntes no governo que acham que isto é ditatorial e que não combina com um Estado Democrático de Direito e infelizmente, esta interpretação prepondera. Enquanto prosseguem as discussões filosóficas na psiquiatria do Ministério da Saúde, mais e mais vítimas são gestadas. 

Paralelo a isso, há outra questão que pouco se pensa no país: estrutura médico-psicológica para fornecer o tratamento necessário de desintoxicação. O governo paulista criou recentemente um programa chamado "bolsa-crack", tornando o drama pessoal de muitos em fontes de receitas para os donos de clínicas. Quanto a isso, discordo. O tratamento deve ser ofertado pelo próprio sistema de saúde.

Além da prevenção e tratamento compulsório, a coerção deveria ser mais efetiva, com uma legislação excessivamente punitiva para traficantes. E à diplomacia do Brasil, cabe realizar parcerias estratégicas com outros países da América do Sul, para esboçarem ações conjuntas de repressão ao tráfico de entorpecentes. Principalmente na região amazônica e fronteira com Paraguai e Bolívia, que são grandes exportadores de produtos falsificados e de cocaína, respectivamente.

E coroando estas medidas, a reinserção do ex-viciado no mercado de trabalho, com acompanhamento efetivo para evitar que o mesmo volte à condição de zumbi. Mas neste país está tudo errado.


segunda-feira, 13 de maio de 2013

A quem interessam empresas estatais?

Round 1: As estatais brasileiras, ou "jóias da coroa republicana" são antros de corrupção, parasitismo e um dos alvos preferenciais de barganhas políticas de gangues partidárias.

Round 2: Não cabe ao Estado ocupar o papel que pertence à iniciativa privada. Quando assim procede, torna-se inibidor da prosperidade individual, da ação empresarial e da livre-iniciativa.

Round 3: FHC, que é um dos mais impopulares presidentes do Brasil, porque tirou o país da zona de conforto em que vegetava, livrou-o do fardo de ter que custear a ônus da democratização dos serviços de telefonia. O Estado não teria condições de garantir isso, a não ser que imprimisse muito papel-moeda ou elevasse em alto patamar a carga tributária. Mas isso faria o Real colapsar e a inflação disparar, além de provocar severas convulsões sociais. Seria um péssimo negócio. As privatizações atraíram investimentos externos. E estes promoveram melhorias nos serviços. Foram criadas agências reguladoras, para averiguar a qualidade dos serviços em concessão, como o caso do setor elétrico. Infelizmente, na atualidade, estas instituições se tornaram cabides de emprego.

O caso da Vale do Rio Doce é um bom exemplo de como privatizar é sempre a melhor alternativa: Gera hoje mais pagamentos em impostos anuais do que o valor pela qual foi privatizada, sem contar o vasto número de empregos diretos e indiretos que cria. A lógica da iniciativa privada é eficiência para se atingir resultados. Na iniciativa pública, nem resultados, nem eficiência. 

Round 4: Muitos anti-privatização dizem: "ela (Vale) foi vendida à preço de banana". Tomando como referência o hoje, faz crer que sim. Mas quando julgamos o fato pelo próprio passado, não. Nos idos de 98, que economista poderia supor que o fator China iria elevar em mais de 10 vezes o valor das empresas do setor de mineração? Nenhum governante deve cumprir sua função consultando oráculo de Delfos ou bolas de cristal. A nação se via obrigada a assinar um cheque do Tesouro para custear seu funcionamento operacional.

Qual o erro das privatizações? Não ter sido informado com clareza o que se fez com os recursos obtidos com a venda dos ativos. 

Round 5: E a Petrobrás, também deveria ser privatizada? É fato que ela melhorou bastante após a abertura de capital. Porém devido ao fato de a mesma concentrar grande parcela da produção e distribuição de combustíveis no país, dá a ela uma nociva prerrogativa de regulação dos preços. É praticamente um monopólio natural. Se ela fosse desmembrada em duas partes e privatizada, haveria concorrência e a tendência seria dos preços baixarem. Há muitas áreas petrolíferas a serem exploradas.

Mas o que afinal defendo que seja atribuição pública?

Cuidar da excelência do sistema público educacional e de saúde.
Investir com racionalidade e probidade os impostos que a Máquina Pública arrecada, principalmente em obras públicas.
Diminuir os custos de produção através de um sistema de tributação justo.
Zelar pelo combate à inflação.
Diminuir a burocracia e dar ao serviço público agilidade.

Nocaute: Para finalizar - Não sou menos brasileiro por defender as privatizações. Apenas não quero que uma minoria se beneficie do que teoricamente deveria pertencer a todos.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Estado Paternalista é um atraso para o Brasil.

O Estado Paternalista produz consequências nefastas para qualquer sociedade, pois além de comprometer a eficiência administrativa da gestão pública, beneficia diretamente os grupos políticos que o gestam,  por meio da concessão de benesses à incautos eleitores, que se investem de um sentimento de gratidão altamente conveniente a quem deseja manter sua condição de vida em padrões mínimos de qualidade. Minha concepção liberal e isonômica me faz defender a seguinte premissa: É preferível um Estado ser Forte, porém Mínimo, do que gigante e ineficiente. Não cabe a ele ocupar o papel que deve ser preenchido pela iniciativa privada, como por exemplo a de gerar empregos. Sejam em prefeituras ou governos estaduais, sejam em empresas públicas, como Petrobrás & Afins.

No Brasil, tudo é feito para não emancipar financeiramente os indivíduos, uma vez que para as raposas velhas que comandam a nação, o povo serve apenas de massa de manobra. É preciso vendar seus olhos com assistencialismos baratos, para que o mesmo se mantenha alienado de seus direitos. Os brioches modernos de Maria Antonieta são estes benditos cartões:


Aqui, impera a fábula de Robim Wood às avessas. O governo do PT encontra todas as formas de tomar dinheiro das classes médias e ricas para dar aos pobres, quando deveria se empenhar por fazer com que os pobres se enriqueçam. Mas não é só o PT que se beneficia de assistencialismos. Isso está no DNA de nossa formação histórica e no dia-a-dia das relações sociais. Quem está no poder não quer perder seu status quo, pois de quem se comprará votos para se eleger a algum cargo eletivo? 

É triste ter de afirmar, porém inovamos na forma de encontrar estratégias para passar a perna nos outros e de se dar bem, principalmente quando estes "outros" somos todos nós. As instituições fiscalizadoras não funcionam adequadamente e a legislação premia os criminosos do colarinho branco. Se o Brasil ambicionar ser uma potência mundial, terá de "desmamar os porquinhos" e garantir transparência de suas instituições, além de agilidade. Mas não são só mudanças institucionais que devem ser feitas. À sociedade, a obrigação de fiscalizar condutas de seus representantes e se indignar por seus maus feitos. Somos homericamente tolerantes com a mediocridade de caráter. Se os brasileiros se preocupassem mais com o Brasil, nenhum indivíduo teria de bater em porta de qualquer político pedindo por cesta básica, emprego ou atendimento médico. Isso contamina a democracia.