terça-feira, 26 de junho de 2012

Currais eleitorais do século XXI;


Em uma sociedade democrática, cabe ao indivíduo um duplo papel: o de fiscalizar os atos de seus representantes institucionais e o de propor ações que possam promover o avanço sócio-econômico de uma sociedade. Cidadania não pressupõe conferir a cada membro da coletividade o direito de por um voto na urna eletrônica. Relaciona-se ao acompanhar a vida pública daqueles a quem escolhemos para administrarem nossas vidas. E se este escolhido não atende aos nossos anseios de melhorias das condições de vida, cabe aos mesmos eleitores que os elegeram, os retirarem democraticamente do poder pelo simples ato de não os reelegê-los nos próximos sufrágios. Mas infelizmente brasileiro é um povo de memória curta...e muito venal. Interessante que o cidadão corrupto é o primeiro que reclama do mal que ele próprio cria.  Mas quando chega o período eleitoral...fulano é bom, um pai, não tem melhor, é incomparável.............e depois é peia.  

No Brasil, voto virou mercadoria. Dez, vinte, cinquenta reais ou sacos de cimento. E essa descrença no Poder Representativo do Estado Brasileiro (legislativo) dita de longas datas. A verdade é que continuamos sendo a mesma república oligárquica dos tempos da Primeira República, porém sob uma roupagem mais demagoga. Democracia virou clichê barato e não um significado prático em nossas vidas. 
 
E os "currais modernos"?
É comum vermos políticos endinheirados e sem nenhum escrúpulo transformando as mentes de lideranças comunitárias em mercadoria a fim de usá-los como instrumento de alienação de consciência de pessoas humildes que moram em determinados lugarejos esquecidos nos rincões do país. Há quem se aproveite de desgraças e mazelas sociais das mais variadas para se obter votos. Isso é terrível.

E eleitos, usam a máquina pública em proveito próprio. Por serem incompetentes, não são capazes de esboçar ou colocar em prática planos de desenvolvimento econômico que reduza a dependência das pessoas por empregos públicos. Isso é um ingrediente poderoso para relações patrimonialistas e paternalistas do Estado. É preciso frear os interesses privados de agentes públicos na esfera do Estado. Precisamos de um judiciário forte e de uma opinião pública que diga Não a essa cultura perniciosa e parasita que transformou a política nacional em um esgoto.

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