terça-feira, 29 de novembro de 2011

Academia: Saúde ou Vaidade?

Vivemos em uma sociedade onde todos tentam encontrar alguma forma de não serem o que verdadeiramente são.

Temos, na atualidade, uma fixação descomunal pela nossa aparência. Ambicionamos agradar mais aos outros do que a nós mesmos. 

A mídia diz que ter beleza é ser escultural, com barriga de tanquinho e bíceps bastante desenvolvidos. 

Nas novelas, selecionam-se sempre atores que se encaixam dentro de características físicas avantajadas com o objetivo de atingir um público alvo preso a arquétipos para se ter retorno de Ibope. Nada melhor que apelar pro erotismo para esse fim. O "pegador" é "bombadão". E isso induz que todos que querem ser "pegadores" devem se "bombar".

Cresce a busca por academias. Não se prática exercícios físicos para ficar de bem com a saúde, mas sim para se ostentar corpos atléticos. Ser "gostoso(a)". Agradar o ego. 

Triste quando nossa auto-imagem se conflita com as projeções coletivas do que é ou não belo(a). Injetam anabolizantes nas veias ou adquirem anorexia.
Clínicas estéticas se proliferaram em todo o Brasil. Prometem milagres. Realizam o sonho (pago) de mulheres querem ser 'siliconadas' e virarem popozudas. Ou mulheres-melão também.

No fundo, somos artificiais e fúteis. Esquecemos que felicidade se encontra dentro de cada um. Mas para encontrá-la, deve-se aceitar a si mesmo como se é, assim como o outro.

E encerraremos esta postagem com um famoso vídeo da cantora Olivia Newton-John, Physical!


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ficha limpa: Quem o teme?

No Brasil, quando se tenta alguma legislação que tenha como premissa a moralização de nossa desacreditada (e com razão) política, sempre há forças retrógradas que buscam uma forma de não verem seus interesses pessoais descerem pelo ralo. 

Houve quem questionasse a aplicação do Ficha Limpa nas eleições de 2010 para Jader Barbalho e outras tantas macarrônicas figuras que há séculos deveriam ter desaparecido das urnas. E como seria bom se além dele, tivéssemos um Joaquim Roriz ou um Paulo Maluf afastados definitivamente da 'coisa pública', não é mesmo? E o mais  impressionante é saber que poder judiciário ainda continua discutindo a constitucionalidade ou não da lei. É o nosso Brasil um país de gente séria e de instituições jurídicas minimamente confiáveis? Por que as leis do nosso país permitem tantas brechas para contestações de gangues partidárias? Vejamos esta notícia publicada no site de notícias Terra:
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa terminou de fundamentar seu voto em relação à aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2012, confirmou ao Terra seu gabinete nesta segunda-feira. Com isso, existe a possibilidade de o julgamento - suspenso no início do mês devido a um pedido de vistas de Barbosa - ser retomado ainda em 2011, antes do recesso judiciário, em 19 de dezembro.
Relator da matéria, Luiz Fux votou no dia 9 de novembro por barrar candidatos a cargos eletivos que tenham cometido deslizes antes da regra entrar em vigor, em junho de 2010. Barbosa pediu mais tempo para analisar as ações. O STF julgava recurso de Jader Barbalho, que, apesar de receber quase 2 milhões de votos na eleição para o Senado em 2010, foi barrado pela Ficha Limpa. "Pedi vista para evitar esse impasse que houve aqui", disse Barbosa, em alusão ao empate no julgamento do recurso de Barbalho, que deve ser decidido pela ministra indicada à Suprema Corte, Rosa Weber.
A discussão do caso gira em torno de questões como as referentes à possibilidade de um candidato ser barrado caso seu julgamento tenha acontecido antes da sanção da nova regra e de a lei esbarrar no princípio da presunção da inocência, segundo o qual ninguém terá seus direitos políticos cassados antes de decisão transitada em julgado. É o primeiro caso de grande destaque relatado por Fux, que tomou posse em março deste ano como ministro do STF.
Em 40 laudas de voto, Fux disse que "a elegibilidade é a adequação do indivíduo ao regime jurídico" e que "não se confunde com perda dos direitos políticos". Para o relator, o "não preenchimento de quesitos negativos" torna o indivíduo apto a concorrer a um cargo eletivo. Ele destacou o movimento popular que levou à aprovação da legislação e citou as mais de duas milhões de assinaturas que levaram o tema à agenda política e a aprovação folgada do projeto de lei na Câmara dos Deputados e no Senado.
Fux foi assertivo quando se tratou de corrupção. "A corrupção e a desonestidade são as maiores travas ao desenvolvimento do País", disse. Para o PPS e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que entraram com duas das três ações sobre o assunto no tribunal, o argumento é de que o impedimento de se eleger não é uma pena, mas uma restrição de direito. Com essa diferença de conceitos, o preceito constitucional de que a lei penal não seja aplicada anteriormente a sua criação não se aplicaria à Ficha Limpa.
O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, classificou, em sua defesa da validade da lei, o julgamento como um "divisor de águas". "O julgamento marcará definitivamente a condução ou o caminho que se quer ter da prática política em nosso País", disse. Para ele, há um "atraso muito grande" em relação a práticas políticas no Brasil, como 'caciquismos' e clientelismos". "A Lei da Ficha Limpa introduz a tão sonhada, tão almejada reforma política em nosso país. E nossa sociedade não vai abrir mão", afirmou. A constitucionalidade na Ficha Limpa também foi defendida pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e pelo Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel.
Em março deste ano, o recém-empossado Fux desempatou o impasse do STF sobre a validade da Lei da Ficha Limpa para as eleições de 2010, votando contra a validade da regra, sancionada menos de um ano antes do pleito.

A tolerância da justiça nacional com as más práticas de picaretas consagrados é a responsável por esta pândega de escândalos que gracejam os noticiários de tv ou de páginas amarelas de revistas do grupo Abril. Sentimos o efeito desta inoperância nos péssimos serviços públicos que recebemos das administrações municipais, estaduais e federais. Canalhas dos mais variados graus de pilantragem e bandidagem, flagrados em más condutas estão impunes e prontos para se perpetuarem. Jamais deveriam ter direito de concorrerem a qualquer pleito eleitoral. Censura de direitos fundamentais? Não. É um clamor para que o Brasil seja conduzido por pessoas de reputação ilibada e de passado meritório.

sábado, 26 de novembro de 2011

Aos não-analfabetos funcionais.


A fábula "O rei está nu", de Hans Christian Andersen cai como uma luva na atual administração, pelo fato do gestor do município relutar em não enxergar a péssima governança que faz para essa cidade, cujos prejuízos são imensamente difíceis de quantificar. Não me interessa saber quem são seus conselheiros. Mas certamente se encaixam nos papéis de alfaiates do conto abaixo que vou reproduzi-lo.


“Havia um rei muito fútil que adorava roupas bonitas. Os fúteis, geralmente, gostam de roupas bonitas. Pois esse rei enviava emissários por todo o país com a missão de comprar roupas diferentes. Era o melhor cliente da Daslu. Os seus guarda-roupas estavam entulhados com ternos, sapatos, gravatas de todas as cores e estilos. Eram tantas as suas roupas que ele estava muito triste porque seus emissários já não encontravam novidades.

Dois espertalhões ouviram falar do gosto do rei pelas roupas e  viram nisso uma oportunidade de se enriquecerem às custas da vaidade da Majestade. A vaidade torna bobas as pessoas: elas passam a acreditar nos elogios dos bajuladores... Foi isso que aconteceu com um corvo vaidoso que estava pousado no galho de uma árvore com um queijo na boca: por acreditar nos elogios da raposa ficou sem queijo...
Pois os dois espertalhões-raposa foram até o palácio real e anunciaram-se na portaria, apresentando o seu cartão de visitas: “Doutor Severino e Doutor Valério, especialistas em tecidos mágicos.” 
O rei já havia ouvido falar de tecidos de todos os tipos mas nunca ouvira falar de tecidos mágicos. Ficou curioso. Ordenou que os dois fossem trazidos à sua presença. Diante do rei fizeram uma profunda barretada, tirando seus chapéus.
“Falem-me sobre o tecido mágico”,  ordenou o rei.
Um dos espertalhões, o mais loquaz, se pôs a falar.
“Majestade, diferente de todos os tecidos comuns, o tecido que nós tecemos é mágico porque somente as pessoas inteligentes podem vê-lo. Vestindo um terno feito com esse tecido Vossa Majestade será cercado apenas por pessoas inteligentes, pois somente elas o verão...”
O rei ficou encantado e imediatamente contratou os dois espertalhões, oferecendo-lhes um amplo aposento onde poderiam montar os seus teares e e tecer o tecido que só os inteligentes poderiam ver..
Passados alguns dias o rei mandou chamar o ministro da educação e ordenou-lhe que fosse examinar o tecido.  O ministro dirigiu-se ao aposento onde os tecelões estavam trabalhando.
“Veja, excelência, a beleza do tecido”, disseram eles com a mãos estendidas. O ministro da educação não viu coisa alguma e entrou em pânico. “Meu Deus, eu não vejo o tecido, logo  sou burro...” Resolveu, então, fazer de contas que era inteligente e começou a elogiar o tecido como sendo o mais belo que havia visto.
“Majestade”, relatou o minsitro da educação ao rei, “o tecido é incomparável, maravilhoso. De fato os tecelões são verdadeiras magos!” O rei ficou muito feliz.
Passados mais dois dias ele convocou o ministro da guerra e ordenou-lhe que examinasse o tecido. Aconteceu a mesma coisa. Ele não viu coisa alguma. “ Meu Deus”, ele disse, “ não sou inteligente. O ministro da educação viu e eu não estou vendo...” Resolveu adotar a mesma tática do ministro da educação e fez de contas que estava vendo. O rei ficou muito feliz com a seu relatório. E assim aconteceu com todos os outros ministros. Até que o rei resolveu pessoalmente ver o tecido maravilhoso. Mas, como os ministros, ele não viu coisa alguma porque nada havia para ser visto. Aí ele pensou:  “Os ministros da educação, da guerra, das finanças, da cultura, das comunicações viram. São inteligentes. Mas eu não vejo nada! Sou burro. Não posso deixar que eles saibam da minha burrice porque pode ser que tal conhecimento venha a desestabilizar o meu governo...” O rei, então, entregou-se a elogios entusiasmados ao tecido que não havia.
O cerimonial do palácio determinou então que deveria haver uma grande festa para que todos vissem o rei em suas novas roupas. E todos ficaram sabendo que somente os inteligentes as veriam. A mídia, televisão e jornais, convidaram todos os cidadãos inteligentes a que comparecessem à solenidade.
No Dia da Pátria, a cidade engalanada, bandeiras por todos os lados, bandas de música, as ruas cheias, tocaram os clarins e ouviu-se uma voz pelos alto-falantes:
“Cidadãos do nosso país! Dentro de poucos instantes a sua inteligência será colocada à prova. O rei vai desfilar usando a roupa que só os inteligentes podem ver.”
Canhões dispararam uma salva de seis tiros. Ruflaram os tambores. Abriram-se os portões do palácio e o rei marchou vestido com a sua roupa nova.
Foi aquele oh! de espanto. Todos ficaram maravilhados. Como era linda a roupa do rei! Todos eram inteligentes.
No alto de uma árvore estava encarapitado um menino a quem não haviam explicado as propriedades mágicas da roupa do rei. Ele olhou, não viu roupa nenhuma, viu o rei pelado exibindo sua enorme barriga,  suas nádegas murchas  e  vergonhas dependuradas. Ficou horrorizado e não se conteve. Deu um grito que a multidão inteira ouviu:
“O rei está pelado!”
Foi aquele espanto. Um silêncio profundo. E uma gargalhada mais ruidosa que a salva de artilharia. Todos gritavam enquanto riam: “ O rei está nu, o rei está nu...”
O rei tratou de tapar as vergonhas com as mãos e voltou correndo para dentro do palácio.
Quanto aos espertalhões, já estavam longe e haviam transferido os milhões que haviam ganho para um paraíso fiscal...”
Não foi bem assim que Hans Christian Andersen contou a estória. Eu introduzi uns floreados para torná-la mais atual. Agora vou contar a mesma estória com um fim diferente. Ela é em tudo igual à versão de Andersen, até o momento do grito do menino.
“O rei está pelado!
Foi aquele espanto. Um silêncio profundo. Seguido pelo grito enfurecido da multidão.
Menino louco! Menino burro! Não vê a roupa nova do rei! Está querendo desestabilizar o governo! É  um subversivo, a serviço das elites!”
Com estas palavras agarraram o menino, colocaram-no numa camisa de força  e o internaram num manicômio.
Moral da estória: Em terra de cego quem tem um olho não é rei. É doido.

Sou contra a liberação da maconha e fim das propagandas de cerveja.

Não me importa se a maconha causa vício ou não. Importam-me as implicações que tal permissão de uso traria para a nossa sociedade. 

Hoje, os seus defensores tentam se basear em mil artigos científicos para justificar que o uso da erva de Bob Marley deveria ser liberado com a consequente descriminalização do consumo. 

Não demoraria muito para se arranjar novas falas para angariar apoio da sociedade para a liberação do crack e da cocaína baseado em argumentos pseudo-científicos. Quando a justificação fosse achada, fariam mobilizações, a exemplo da marcha da Maconha que já houve em muitas cidades do Brasil. Cocaineiros com narizes dilacerados gritariam em alto e bom som "Liberdade de Lombra".

Os argumentos pró-liberação justificam que a proibição da legislação fomenta a existência do tráfico, fortalecendo o poder do traficante que é quem distribui. Com a liberação e descriminalização do consumo, os narcômanos iriam adquirir esses entorpecentes em farmácias, regulamentadas pelo poder público para tal e que venderiam uma quantidade limitada dessas substâncias para os usuários.

Alegam que a Holanda é um país onde o mercado de drogas é regulamentado em uma quantidade X por dia. Existe até cadastro. E que o índice de violência é baixo. E por isso, acreditam os apoiadores de que o modelo deveria sera aplicado por aqui. Como se tivéssemos o mesmo contexto sócio-cultural e educacional deles. Não me entra na cabeça que o Estado ganhe dinheiro com a desgraça alheia.

Por falar em Estado, pouco investe na prevenção do vício e no tratamento do viciado que necessita de assistência.

Defendo ainda que sejam banidas propagandas na tv de drogas lícitas como o álcool. E que se adote nos rótulos das cervejas a mesma estratégia usada em carteiras de cigarro: esclarecer dos males que causam o consumo de bebidas alcoólicas.  

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pais não são bons pais. Filhos não são bons filhos.

Ser pai ou mãe não é simplesmente gerar vida intra-uterina com ou sem planejamento após uma noite de prazeres e depois pô-la no mundo. 

É dar educação, transmitir valores morais e éticos, repreender os erros cometidos e acompanhar o processo de evolução e maturação de seu filho. É verificar como anda seu rendimento escolar. E saber quem são suas amizades.

Mais triste ainda a se constatar é de que muitos destes 'nobres' genitores põem as crias na escola simplesmente para se privarem das suas presenças 'rebeldes' em casa ou também por uma obrigação constitucional que determinam suas matrículas e frequências nas instituições de ensino. Não enxergam verdadeiramente a educação como uma forma de superar abismos sociais.

Perderam a completa noção de autoridade. Outros pais, para compensarem suas ausências na formação de seus caráteres devido a rotina de trabalho, os mimam demais ao ponto de fazer com que suas proles percam o valor das coisas.

Muitos pais ou responsáveis não são referências a seus filhos. E isso tem contribuindo para desandar o edifício social. O fenômeno das drogas na juventude tem na desestrutura familiar um de seus principais ingredientes. O péssimo rendimento do alunado nos exames de aferição de conhecimento assimilado é reflexo de suas omissões. Se fosse pai, todos os dias chamaria meus rebentos para saber quais atividades foram desenvolvidas na escola e quais foram endereçadas para casa. Reservaria um tempo para observá-los fazendo as tarefas. E buscaria saber quem são seus amigos. É assim que se cria bons hábitos e se molda indivíduos de boa índole. É assim que se resgata a família.

Este país é sério? Basta de corrupção policial!

Como é de habitual em nosso país, mais denúncias contra a PM do Rio de Janeiro. Mas reflete o que acontece de ponta a ponta deste país. Deu no G1 a seguinte matéria:

PMs do RJ cobravam até R$ 30 mil para liberar traficantes presos, diz PF

Polícia Federal desmontou grupo de São Gonçalo e prendeu 5 pessoas.
Dezoito PMs já estavam presos, entre eles 2 do caso da juíza Patrícia Acioli.

A Operação Martelo de Ferro, realizada na manhã desta sexta-feira (25) pela Polícia Federal, para combater o tráfico de drogas no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, prendeu cinco pessoas - dois policiais militares, uma advogada e três traficantes da região – e revelou um esquema de propina cobrada por PMs para a liberação de traficantes presos que já chegou a R$ 30 mil.

Através de escutas telefônicas, descobriu-se que os PMs cobravam dos traficantes o chamado "arrego" - pagamento de propina - para os policiais não realizarem operações na comunidade e não coibirem o tráfico de drogas. Além disso, os policiais tinham uma tabela de cobrança para a liberação de presos. Os valores iam desde R$ 500 e já chegou a R$ 30 mil, de acordo subcordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Daniel Faria Braz.

"Variava de acordo com a importância no tráfico. Casos de elementos mais variados já chegou a R$ 30 mil", disse o promotor

COMENTANDO A NOTÍCIA

As instituições coercitivas do Estado estão corroídas por esta praga chamada corrupção, que reluta, por conveniência ou incompetência dos poderosos em ser extirpada. Onde já se viu policial defender traficante? 

Este clima de 'tudo pode' é nocivo para qualquer sociedade democrática.

Além da polícia, o poder judiciário há séculos deixou de corresponder aos anseios da sociedade. Tem em muitos casos legitimado a patota. A violência de direitos elementares. A hipocrisia e ambiguidade se tornaram suas marcas registradas.

Por que a justiça brasileira passa tanto a mão na cabeça de gente graúda? Sonho que em algum dia, veja nossos Madoff's engravatados serem algemados e exibidos para as lentes das câmaras como verdadeiros troféus.

Não somos um país sério e governado por pessoas sérias. O judiciário, a meu ver, é antro de criminosos (togados), parafraseando a corregedora da CNJ, Eliane Calmon, porém sem generalizar, pois há pessoas honestas e íntegras que servem a esse poder da república. 

O sentimento de balbúrdia e de insegurança é fato. O mais gritante é o de impunidade. Não se pode mais sair de casa, pois se corre o risco de ser atingido por balas achadas (pois se fossem perdidas, não teriam encontrado a vida de alguém). Diante da proliferação das nulidades éticas e morais, me reservo a acreditar em um futuro assombroso para esta nação.

Que aprendamos a nos indignar, cidadãos de bem deste país!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Papai Noel acaba de se acidentar gravemente.

Ele bateu no pico de um iceberg no pólo norte. Duas renas permanecem hospitalizadas em estado grave. Ao final deste post, notícias detalhadas de seu estado de saúde.

Mas vamos falar de Natal, a data mais significativa da cristandade. Lembramos do nascimento do menino Jesus e de sua missão na terra. Pobrezinho, nasceu em uma manjedoura para ensinar aos homens que bens materiais não compram a vida eterna e tampouco a felicidade terrena. 


O comércio já começa a se preparar para também comemorar o seu 25 de dezembro. É uma das épocas mais esperadas, em que donos de lojas e de shoppings contabilizam maiores taxas de lucro com aumento das vendas. Presente$ gordos. E por falar nele$, há para todos os gostos e para os mais variados bolsos. 

Em cada fim de ano, o bom velhinho Santa Claus (São Nicolau) sai de sua residência na Lapônia para percorrer o planeta inteiro em uma jornada épica com suas renas e trenó voadores. Não enfrenta problema algum com tráfego aéreo. Exibicionista, estampa as propagandas de empresas como a Coca-Cola, por exemplo. Uma figura midiática, sem dúvida. Por meio de anúncios de TV, leva presentinhos bastante interessantes aos seus telespectadores. Mas para recebê-los, você terá de pagar para tê-los. Que mercenário! Ainda bem que não tenho chaminé em minha casa.

Mas deixemos de lado a indignação e façamos nossas estimas por melhoras. Uma tragédia aconteceu por estas horas. Nossa equipe de jornalismo informa que Papai Noel não poderá este ano entregar seus presentes, dada a complicação de seu acidente. Está com a pernas e braços quebrados. Não espere por ele neste natal. Nem pendure meias em canto algum esperando alguma lembrancinha. Se tiver chulé, terá possibilidade de encontrar uma ratazana gorda dentro delas.

O que seria do mundo sem as redes sociais?


É, caros amigos leitores, o Facebook vem conquistando a primazia dentre as redes sociais da internet. Milhões e milhões de pessoas compartilham diariamente informações de suas vidas, socializam conhecimentos, interagem com novas pessoas ou  utilizam-no para divulgar suas atividades profissionais. Outros usam apenas para descontração. As mídias televisivas, impressas, radiofônicas ou de jornalismo on line converteram-se também a essa moda e nele mantém páginas oficiais.

Outra febre do momento é o microblog Twitter. Em 140 caracteres, os usuários comentam o que estão fazendo, vendo ou pensando no momento. Os assuntos mais comentados vão para os TT's (trend topics).

E o que é falado agora por lá?  Aqui vai a relação!

Trends: Brazil ·


#TIOZAO
#FinaEstampa
Dolphins
Som Brasil
Macy Gray
That Justin Bieber
Guaracy
#AiaiUiuiSeuDoidin
LDU
Jackass


(Retirado do Twitter às 21:50hrs de hoje, 24/11/11)

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A imprensa precisa repensar suas práticas.

A imprensa britânica foi sacudida este ano com um escândalo de grandes proporções. Telefones de grandes personalidades e de pessoas comuns foram hackeados pelo tabloide sensacionalista News of The World, que pertence ao império de mídia do australiano Rupert Murdoch. 

O mais absurdo desse caso é que o celular de uma garota assassinada chegou a ter seu sigilo quebrado pelo jornal. Mensagens foram apagadas por espiões contratados pelo periódico, dando a sensação de que a mesma estivesse viva para a família. Obviamente, com a perda de credibilidade de uma parte importante de seu comércio de notícias, o magnata das telecomunicações decretou o fechamento do centenário NoW, mas é cedo para dizer se a conduta da imprensa do Reino Unido vai mudar ou não. 

A lista de celebridades supostamente grampeadas é extensa. E pelo visto parece ser uma prática comum por lá. O ator Hugh Grant acusou um grupo de tabloides de usarem táticas intimidadoras para obterem informações que rendam muito dinheiro com a venda de tiragens. E público para isso não falta.

O ator Hugh Grant, astro britânico do cinema, acusa o jornal Mail on Sunday de grampear sua secretária eletrônica. Em depoimento, reclamou do assédio da imprensa à mãe do filho dele, a atriz chinesa Hong Tinglan, que recentemente foi favorecida por uma decisão da Suprema Corte proibindo o assédio contra ela ou sua criança. Anteriormente, o jornal havia negado as acusações de Grant, classificando as alegações de ataques mentirosos movidos pelo ódio dele à mídia  Foto: AFP


Diante destes e de outros fatos aqui não relatados, pois certamente demandaria tempo noticiar as más práticas do ofício do jornalismo ao redor do planeta, discute-se atualmente a regulamentação da mídia. Ela é necessária?

Até onde vai o direito da mídia em invadir a vida pessoal de quem quer que seja? 

No Brasil, não aconteceu nada igual aos escândalos da terra da rainha Elizabeth II (ainda), embora se acusem veículos de comunicação impressos ou de tv´s de cometerem abusos.
A Revista Veja é constantemente acusada de ser contra o PT e de noticiar com ênfase os escândalos que assolam a legenda. Suas matérias bombásticas derrubaram vários ministérios do atual governo. Se há corrupção, tem mesmo que denunciar. Mas quais os interesses ocultos por trás de suas páginas amarelas?

O jornalista Rodrigo Vianna, ex-repórter da Globo acusou a emissora de Roberto Marinho de pressionar sua redação para dar ênfase no embaraço da compra de dossiês contra tucanos na eleição de 2006, o que, segundo ele, beneficiaria o então candidato do PSDB, Geraldo Alckmin contra seu rival, Lula. E em 1989, o Jornal Nacional, principal noticiário da casa foi acusado de fazer uma edição tendenciosa pró-Fernando Collor de um debate que ocorreu ao vivo. 

E a boa informação?

A concentração de emissoras de rádio ou tv nas mãos de políticos e de grandes grupos econômicos é preocupante em nosso país. De que forma isso interfere na qualidade da informação noticiada? É óbvio que a parcialidade será uma marca registrada. Leitor ou telespectador consciente é aquele que não baseia suas opiniões por apenas um meio de comunicação. No Ceará, por exemplo, a família Queiroz reina absoluta. Tem a Tv Verdes Mares como afiliada da Rede Globo, a maior rede de tv do Brasil, além da Tv Diário, que transmite programação local para todo o país. O grupo Jangadeiro de rádio e televisão é do ex-senador e ex-governador Tasso Jereissati. Ele, por sua vez, é casado com Renata Queiroz, filha do industrial Edson Queiroz, ou seja, as duas maiores estações televisivas nas mãos de um só clã!

De sorte, está crescendo as mídias alternativas como os blogs e o jornalismo on line. É a desmassificação da informação. Use o controle remoto com mais assiduidade!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Se vivo fosse, Tiradentes pediria para ser enforcado de novo.

O Brasil atingiu 1.3 trilhão de reais em arrecadação de impostos pelo governo federal. Muito dinheiro pra pouca obra, né não? Para os parasitas de plantão, quanto mais se espoliar a passiva população brasileira, melhor. A qualidade do nosso gasto público é questionável. Vá a um hospital público e comprove isso na pele. A corrupção é uma indelével marca de nossa nação. A cultura da mamata, do superfaturamento e acima de tudo da impunidade é o que faz desandar nosso edifício social. Limita nossas possibilidades de crescimento econômico mais robusto.

O Estado está viciado. Suas instituições, corroídas e descredibilizadas.

O DETRAN, por exemplo, é hoje um antro de patifaria. Não generalizando, claro. Mas que virou bordel, ah virou. Por isso temos tantos criminosos ao volante, ceifando vidas humanas.

Veja a matéria publicada hoje no site Terra:

Polícia e MP prendem 36 suspeitos de fraudes no Detran do Rio




Uma operação deflagrada nesta quarta-feira, por policiais civis e membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, prendeu 36 pessoas suspeitas de envolvimentos em fraudes em postos de vistoria do Detran no Rio de Janeiro. Nove pessoas estão foragidas. Os denunciados participavam de um esquema de venda de certificados de veículos.
Ao todo, o MP denunciou 66 pessoas pelos crimes de corrupção passiva, inserção de dados falsos no sistema do Detran, falsidade ideológica, peculato e formação de quadrilha. Foram expedidos 45 mandados de prisão e 44 de busca e apreensão.
No posto de vistoria de Paracambi foram 20 denunciados, entre eles, o chefe do local Ricardo Loroza de Rezende, apontado como líder da quadrilha na cidade. Em Araruama, foram denunciadas 46 pessoas, funcionários e prestadores de serviço de dois postos de vistoria, chefiados por Nildo Sá Ferreira, também apontado como o líder do bando no local. Outro denunciado é o policial militar Rogério Teixeira Gonçalves, perito cedido inicialmente ao posto de Araruama, mas que estava trabalhando em São Pedro D'Aldeia, onde teria continuado a cometer fraudes.
Conforme a denúncia do MP, Ricardo e Nildo organizavam a atividade dos demais funcionários em seus postos e arrecadavam o dinheiro recebido por eles de motoristas que não desejavam submeter seus veículos aos procedimentos das vistorias regulares. João Carlos Lanhas La Cava de Abreu, ex-subchefe do posto de Araruama também é apontado como um dos líderes por manter as atividades ilícitas no posto de vistoria de São Pedro D´Aldeia, onde era o atual chefe.
Cada funcionário participava do esquema dentro de suas atribuições, arrecadando propinas. Entre eles: o chefe e o subchefe do posto, passando pelo técnico de controle e seus auxiliares, o vistoriador, o perito, o certificador, o vigilante e os despachantes. Em troca, eles deixavam de vistoriar os veículos e regularizar documentos diversos de licenciamento ao apresentarem laudos fajutos. Assim, Certificados de Registro de Veículos (CRV) e Certificados de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) eram "comprados".
A investigação também apurou fraudes no documento de transferência de propriedade dos veículos (DUT-Recibo), retirada de multas e IPVAs atrasados do sistema do Detran e emissão fraudulenta de carteiras de habilitação. Os suspeitos cobravam entre R$ 50 e R$ 300 pro fraude. A promotoria estima que as quadrilhas lucravam de R$ 200 mil a R$ 250 mil apenas com as vistorias de fachada.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5484924-EI5030,00-Policia+e+MP+prendem+suspeitos+de+fraudes+no+Detran+do+Rio.html

Brasil, assim você nos envergonha


Vivemos em um país onde as prioridades não são prioridades, país esse em que a desigualdade social é algo criminoso, ou seja, enquanto poucos luxam,  muitos passam fome. 
 
A realidade brasileira é bem diferente do que nossos políticos corruptos afirmam em suas entrevistas. Muitos criticam o programa Bolsa Família, mas sem esse programa a situação brasileira estaria mu...ito pior, em relação a desigualdade social, pois entre os 190 milhões de brasileiros, boa parte sobrevive do Bolsa Família. 
 
Devemos criticar o que merece crítica e não o que merece aplausos, tem tanta coisa no Brasil que merece crítica e não críticamos, começando pelos bandidos de colarinho branco, eleitos por boa parte de nós mesmos.

O que esperar de um país que investe 40 mil reais por ano para proteger um bandido preso em um Presídio Federal e investe 15 mil reais por ano em um aluno de uma Universidade Federal, são dados como esse que mim deixam envergonhado de ser brasileiro.

Autor: Heitor Morais

Manifesto de elogio aos loucos.

Apontar os erros dos outros é fácil. 

Difícil é localizar os seus próprios. 

Estereotipar uma pessoa depreciativamente não é tarefa das mais difíceis. O que não é fácil é ser vitrine para pedradas lançadas por pessoas de altíssimo grau de ignorância intelectual ou moral. Às vezes, por força de expressão ou por desaprovação, chama-se alguém de louco como se o mundo de hoje permitisse algum ser humano ser 'normal'. Aliás, o que é ser normal? Tô pra descobrir o que é isso.

Faço aqui um elogio à loucura. À sanidade dos manicômios. Aos Napoleões presos em camisas de força, que carregam em suas almas a liberdade de uma águia. O manto da hipocrisia e da dissimulação nos encobrem. Não nos indignamos com o caos criado por estas pessoas 'sãs' que governam nosso mundinho conturbado. Mas é hora de tomar meu gardenal. Alguém me acompanha?

Ah, o gardenal da postagem é ilustrativo. Figura de linguagem. Mas se você de fato precisar do remédio, saiba que há mais animação em não controlar a maluquez. E se não conseguir interpretar a mensagem deste texto, então você é normal. Ele não foi feito para você.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Cultura do Aracati.

Aracati tem veia artística, literária e cultural em geral, mas pouco vem demonstrando isso nos presentes dias. Como seria bom ver as praças e outros espaços públicos ocupadas por  grupos teatrais, encenando peças escritas de autores aracatienses, objetivando entreter as nossas noites monótonas e revelar novos talentos!

Tem que ter um calendário artístico maior e mais plural, que contemple aos mais variados públicos e de preferência, que estas atividades sejam descentralizadas para os interiores do nosso município, desassistidos do lúdico que ilumina mentes. Acredito que teatro e outras manifestações artísticas são excelentes meios de prevenção ao uso de drogas ou quem sabe de ressocialização. Se o poder público tiver vocação ao mecenato, faz! Mas o gestor que temos está longe de ser uma encarnação do papa Júlio II...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Democracia.


A democracia tem suas falhas, como por exemplo a política partidária, que tornou-se um balcão de negócios para pilantras dos mais diversos naipes, mas é o melhor caminho que qualquer sociedade humana pode seguir. Triste de qualquer sociedade que se veja amordaçada por tiranias que silenciam vozes e impedem seus povos de pensarem sua própria existência e evolução sócio-histórica. Democracia é o direito ao contraditório. A expressão máxima da liberdade.

A vivenciamos em sua plenitude quando não apenas digitamos uma sequência numérica na urna eletrônica, mas quando fiscalizamos as ações e a vida pública dos que receberam o seu ou o meu voto de confiança. 


Devemos sempre estar de olhos abertos. Exigir para que cumpram com promessas ou planos de governos propalados no decorrer de um pleito eleitoral. E caso não cumpram, nas próximas, não se deve votar nos mesmos, por traição deles aos compromissos firmados.

Não vender a sua consciência é outro ponto importante. Os efeitos destas péssimas práticas de se fazer política são sentidos em nosso dia a dia, quando vamos a um hospital e não somos atendidos com a qualidade esperada. 

Como professor de história que sou e que olha o passado para dele aprender lições que me permitam  vislumbrar um futuro que contemple as perspectivas de nossos sonhos, pergunto:

Quantas vidas foram ceifadas nos últimos 2 séculos para que hoje tivéssemos direito ao sufrágio universal? 

Quantas cabeças coroadas foram destronadas ou ceifadas para que os povos tivessem liberdades jamais experimentadas em eras mais distantes?

A transformação começa com a indignação. E dela nasce a reflexão e ponderação. Que assim seja e que a luz da razão nos guie. Valorize esta conquista. Valorize a si mesmo. Não vote futuramente em corruptores e calhordas. Dê a si o valor que tem enquanto ser humano. Consciência não tem preço e eles não têm dinheiro suficiente para pagar.